quinta-feira, 12 de agosto de 2010
RAIO-X: Marília, o caipira teimoso
O MAC nasceu com o nome de E.C. Comercial, em 12 de abril de 1942, mas o time não foi feliz com o nome de batismo. Perambulou por campeonatos amadores regionais, sem campo e sem sede. Com o passar do tempo, o então presidente Benedito Alves Delfino, não conseguiu estruturar o clube. O povão não gostava muito do nome Comercial e uma Assembléia Geral, realizada em 11 de julho de 1947, mudou o nome de Comercial para Marília Atlético Clube, elegendo para presidente o farmacêutico Antonio Lourenço, um homem destemido e batalhador, mas que não obteve sucesso. Muitos presidentes o sucederam, sem grandes destaques.
Em 1999 o time conseguiu subir de divisão (para a A3). Em 2000, com um bom time, quase o MAC conseguiu o segundo acesso consecutivo, sendo eliminado na semifinal do campeonato. Em 2001, a empresa American Sport assumiu o comando administrativo do clube. José Roberto Duarte de Mayo assumiu a presidência no meio do campeonato, onde o time conseguiu terminar o torneio em 5º lugar, garantindo o acesso à Segunda Divisão em 2002, por causa da criação da Liga Rio - São Paulo. Na Série A-2 de 2002, o MAC conseguiu sua maior façanha de todos os tempos: a conquista o título Paulista desta divisão, realizando a primeira final de um Campeonato em seus domínios. É o Tigrão voltando à divisão maior do futebol paulista. No segundo semestre de 2002, após muito tempo o time volta disputar a série C do Brasileirão. Com uma campanha invejável, o time consegue o histórico acesso à Série B do campeonato, ao conquistar o vice-campeonato dentre os 61 participantes, o que credencia o time como uma potência do interior de São Paulo e um time de destaque no cenário nacional.
O tempo passou e assim como vários clubes do interior de são Paulo, o Marília sofreu com a concorrência e a falta de planejamento dos seus dirigentes. Depois de cair para a série C em 2008 assim como o Gama, o MAC não conseguiu se reerguer. No estadual o clube também foi rebaixado para a série A2.
Com o fracasso dentro dos campos veio a crise fora dele. O presidente do clube Beto Mayo sofre com a falta de recursos para tocar o clube. A torcida também não tem dado o apoio necessário. O clube fez então duas parcerias: uma para viabilizar o clube financeiramente e outra com o Atlético Paranaense que cedeu diversos jogadores de seu plantel para dar experiência e mantê-los em atividade.
O reflexo dos problemas pode ser visto na tabela de classificação. O clube é o penúltimo colocado do grupo C com apenas uma vitória em três jogos. O técnico Jorge Raulli se esforça em manter o grupo focado, mas uma derrota em seus domínios pode desabar todo o instável equilíbrio conseguido até o momento.
Infelizmente para o Gama, o Marília dispensou o atrapalhado zagueiro Júnior Paulista. Para o seu lugar o Linense cedeu o zagueiro William sem custos e com metade de seu salário pago pelo clube dono de seu passe. Raulli faz mistério sobre a equipe que entrará no domingo. A expectativa é que o técnico mantenha a zaga com Rodrigo e o jovem Guilherme. Na lateral direita Kênio pode entrar no lugar de Gerônimo e na esquerda Rick entraria no lugar de Rafael Tavares. Adauto pode ser deslocado para o meio de campo.
MAIS DO MARÍLIA:
Nome: Marília Atlético Clube
Mascote: Tigre
Estádio: Abreuzão com capacidade para 19.500 pessoas
Posição Estadual: 13º
Posição Brasileiro Ano Passado: 9º
Destaques: Veterano atacante Basílio ex-Palmeiras e Santos
Time-Base:Sérgio; Kênio, Guilherme, Rodrigo e Rick; Everton, Leandro Diniz, Rafael Tavares e Adauto; Ray e Basílio.
Técnico: Jorge Raulli
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