A polêmica série C continua à deriva. A CBF reafirmou à imprensa que não ajudará financeiramente os clubes que disputarão a série C e também não negociou com nenhuma empresa ou entidade a organização do campeonato. A Traffic e a FBA tentaram mas sem sucesso.
Os clubes já começaram a se mexer. A estimativa feita pelos dirigentes é de que será preciso pelo menos 500 mil reais para que os clubes diputem até o final a série C dependendo da distância a ser percorrida. O valor é acrescido de 60% a mais caso a equipe tenha pretensão de subir à série B.
O Paysandu fechou um convênio com a prefeitura de Belém para que os jogos do Papão sejam transmitidos pela TV local. Segundo os dirigentes isso garante uma receita de R$ 150 mil mensais ao clube paraense.
O diretor do Criciúma-SC Waldeci Rampinelli disse ao repórter Thales Calipo do site pele.net que se a CBF não ajudar os clubes a competição será um fracasso: "O Criciúma não tem informação sobre os custos, mas se a CBF não pagar, acho que o nível técnico será baixo, e a debandada vai ser grande. As equipes do Sul, que têm mais estrutura, vão tentar se virar, mas e os outros? Se não tiver participação financeira em passagem e hospedagem, a presença de muitos ficará comprometida" afirmou.
A intenção real da CBF é investir na série D que será disputada nos mesmos moldes da série C do ano passado porém com "apenas" quarenta clubes. Segundo Virgílio Elísio, coordenador de competições da CBF os clubes que participarão da série C já tem condições de competi-la.
Para diminuir os custos de cada clube com viagens, Virgílio declarou no Jornal Gazeta de Alagoas que pretende regionalizar mais a disputa. A idéia é dividir os clubes em quatro grupos de cinco ao invés de dois de dez. Assim apenas os dois primeiros de cada grupo se classificariam para o quadrangular final. Os quatro classificados neste quadrangular subiriam à série B de 2010.