O que era desconfiança agora é certeza. Os jogadores e comissão técnica do Gama estão quase dois meses sem ver um tostão furado. É mais um ingrediente no caldeirão alviverde em constante ebulição.
Desobedecendo as ordens da diretoria, o zagueiro Pedro Paulo botou a boca no trombone e denunciou o calote. Segundo o jogador este não é o principal motivo da má fase do Gama, mas afeta e muito.
Em entrevista ao Jornal de Brasília Pedro Paulo diz que está chateado por ser mal visto pelos torcedores: "-Em vários momentos, estou andando com a minha família ou mesmo sozinho, e vem gente me chamar de mercenário. Como podemos ser mercenários se não estamos recebendo nada? E a minha família, como é que fica? É complicado ter cabeça para jogar. Mas estamos aqui treinando diariamente" lamentou.
O atual presidente Carlos Macedo assume que os salários estão atrasados, mas promete pagar os atrasados em breve. Segundo Macedo pessoas apareceram dizendo que iriam pagar os salários dos jogadores mas são pessoas sérias e vão cumprir o combinado. Não se sabe se foi a crise econômica ou as derrotas que afugentaram os patrocinadores.
Contratados há dois meses do Caxias-RS, Aelson, Edimar e Júlio César ainda não receberam salários do Gama desde que chegaram do sul. Júlio falou a respeito de uma possível premiação oferecida para os jogadores em caso de vitórias: Disse que uma pessoa apareceu diante do grupo no jogo diante do Marília e disse que daria 50 mil caso o time vencesse e saísse da zona de rebaixamento. Como o time venceu mas não saiu da zona, somente 25 mil foram pagos a título de premiação.