O BLOGAMA apresenta à torcida alviverde a última matéria sobre a reunião da diretoria ocorrida neste domingo último no estádio Bezerrão. Diversos assuntos que não estavam na pauta foram discutidos e pontos esclarecidos.

SEDE SOCIAL
Muitos torcedores não sabem, mas o Gama tem uma sede social localizada no setor central do Gama. O clube está arrendado para o SESC há muitos anos e tem sido uma das fontes de renda do alviverde. O arrendamento da sede social rende R$ 40 mil mensais ao periquito.
Porém o SESC recebeu da administração um terreno no setor de indústrias do Gama e está construindo um mega centro de lazer com entrega prevista pela contrutora para dezembro deste ano. Com isto o clube voltará às mãos do Gama.
Agrício Braga disse que para o Gama recuperar o clube e voltar a oferecer os serviços da sede social aos seus associados o Gama precisará investir mais 40 mil para colocar as instalações em condições de uso.
Sem dinheiro para investimentos surgiu a idéia de vender a sede social já que o terreno valorizou. Mas para a diretoria o atual momento financeiro mundial é considerado o pior para fazer este tipo de transação, além dos protestos da torcida que já não vêem com bons olhos perder o único patrimônio em nome do clube.
Agrício vê como solução a venda do terreno; e com o dinheiro arrecadado investir em imóveis para alugar.

SEDE ADMINISTRATIVA
Uma das promessas de campanha de Paulo Goyaz era a de trazer a administração do Gama para o estádio. Porém o dirigente disse que não cumpriu a promessa por falta de recursos.
Hoje a administração do Gama funciona em uma sala da Asa Norte de propriedade de Wagner Marques. A sala destinada ao Gama está vazia no estádio. Para que a sede seja instalada nela serão necessárias aquisição de móveis, computadores, divisórias e telefone. Paulo disse que enquanto não quitar os débitos com o elenco não irá desviar recursos para este fim.

LOJA DE MATERIAIS DO CLUBE
Outra promessa feita durante a campanha que não pôde ser feita. Desta vez o problema não é dinheiro e sim o modelo de gestão do estádio. Para construir uma loja no estádio que pertence ao GDF ele precisaria licitar o espaço e seguir os trâmites legais. E quem ganhasse a licitação teria que investir na construção do espaço. A alternativa é arir esta loja no Gama Shopping.

BEZERRÃO
O presidente do Gama fez algumas críticas ao monumental estádio Bezerrão. Ele disse que teve que fazer muita articulação política para que o estádio fosse entregue à comunidade e que o estádio foi mal construído.
Respitando o projeto original de Ruy Ohtake que previa quatro pétalas sendo duas cobertas, a construção da vila olímpica atrapalhou a entrada da torcida nas arquibancadas sul e leste, as mais populares. Com apenas uma entrada para ambas as arquibancadas, em dias de jogos de grande apelo as filas naquele portão são inevitáveis. Tanto que no último clássico o presidente foi obrigado a abrir um portão de passagem na lateral e ele próprio foi destacando os ingressos para ajudar no fluxo de pessoas. Disse que só pode ver o jogo aos trinta do primeiro tempo.
O ex-presidente do Gama Tonhão sugeriu que o placar eletrônico do estádio fosse utilizado para divulgar comerciais a fim de arrecadar dinheiro para o clube.

IMPRENSA
Paulo Goyaz disse estar triste com a mídia esportiva do DF. Segundo ele a imprensa que normalmente em outros estados é ferramenta de incentivo aos clubes, aqui é só fonte de críticas.
E quando não há notícias rentáveis, existem maus profissionais que criam factóides para vender mais jornais. Uma crítica direta ao jornalista do Correio Braziliense Roberto Naves que divulgou naquele jornal a notícia de que uma reunião secreta estava sendo realizada para degolar o técnico Giuliano Pariz. Segundo Goyaz, a reunião foi uma bricadeira levada a sério pelos jornalistas. Pela má fase foi discutido em tom de descontração quem tinha que sair para o clube voltar a vencer. Até o presidente estava na lista.
Outra notícia sem base alguma foi a de que Barbieri estaria com o cargo à perigo depois das derrotas nos clássicos. Goyaz disse que nunca foi ventilada a saída do treinador, visto que é um excelente profissional. Mas, para vender jornais, a notícia foi criada.

PROJETO TORCEDOR
O presidente falou que o Gama será utilizado pelo Ministério do Esporte como projeto piloto do programa torcedor. O projeto consiste em um sistema que irá identificar todos os torcedores e criar um cartão para cada. Este cartão seria "carregado" com créditos nas bilheterias ou de forma on-line e o valor dos ingressos seria debitado nas catracas do estádio. Com este sistema o programa sócio-torcedor seria viabilizado e fiscalizado.

SÓCIO TORCEDOR
Agrício Braga fala que o programa sócio-torcedor do ano passado não teve o sucesso desejado por causa da distribuição dos ingressos. Segundo ele, os torcedores recebiam os três ingressos, ficavam com um e revendiam os outros na entrada do estádio pelo preço normal, como cambistas. O número de adesões ficou em torno de 200 mas somente 100 pagaram todas as mensalidades.
Agrício disse que ainda acredita no projeto sócio-torcedor, mas somente com outro modelo. Flávio Raupp citou o sucesso do projeto no Internacional-RS ressaltando que este só foi possível após a majoração dos ingressos. Por exemplo, um ingresso de arquibancada custa R$ 50,00 para não-sócios e R$ 40,00 a cartela com quatro ingressos para sócios no mesmo setor.