segunda-feira, 5 de abril de 2010
O destino da Sede Social - Primeira Parte
A partir de hoje o BLOGAMA fará uma série de reportagens para informar ao torcedor alviverde o imbróglio que está por trás do interesse na sede social do Gama, atualmente alugado ao SESC e que deixará de ser uma das fontes de renda do periquito. Após o malfadado anúncio da semana passada que ofertava a área por R$ 10 milhões, pouca coisa de concreto se soube. O autor do anúncio, por exemplo não foi revelado. O presidente do Gama Paulo Goyaz em matéria ao jornal Folha Independente do Gama disse que provavelmente o vice presidente Carlos Macedo teria feito uma sondagem sobre o terreno com a imobiliária e que esta "acidentalmente" tenha entendido como uma oferta de venda e anunciado no site Lugar Certo vinculado ao Correio Braziliense. O anúncio foi retirado do ar no dia seguinte.
De concreto mesmo existe apenas o fato de que o Gama não deve ficar com o clube após a devolução deste pelo SESC. O próprio presidente do alviverde já comunicou em assembléia que a sede social geraria um custo adicional aos já combalidos cofres do Gama. As opções são a venda da sede ou uma permuta por outros imóveis.
Após alguma pesquisa foi possível ver que esta prática é comum nos clubes de futebol. Seja porque os terrenos se valorizam com o tempo ou porque a necessidade de fazer dinheiro é imediata.
CASO CEILÂNDIA
Bem aqui por perto tivemos um caso parecido (de venda de sede). O Ceilândia Esporte Clube na gestão do presidente Ségio Lisboa (o Serjão, na foto acima) conseguiu a proeza de levar o alvinegro candango à sétima colocação da série C em 2005. Nos anos seguintes perdeu força e em 2008 renunciou à vaga na terceirona alegando falta de recursos. Serjão foi deposto do cargo e o vice presidente José Beni abriu por meio de supostos "laranjas" uma empresa chamada Ceilândia Empreendimentos Ltda que foi incumbida de administrar o futebol e o patrimônio do clube. Os sócios da empresa (Antônio Carlos Martins e Roseane Barros Favacho) declaravam imposto de renda como isentos. A empresa então negociou com a MB engenharia a venda do único patrimônio do Ceilândia, um terreno doado pela administração regional da cidade localizado próximo à QNN19 para que o clube construísse sua sede.
A sede porém nunca foi construída. O Ceilândia aluga o Centro de Treinamento do Jaguar Esporte Clube (prática constituída até os dias de hoje) e manda os jogos no estádio Abadião. O terreno que fora negociado (dizem) por R$ 15 milhões na época sofreu mudança de destinação pelo famoso PDOT da Câmara Legislativa e passou a valer R$ 150 milhões. Com o novo valor o Ceilândia seria beneficiado com apartamentos pela empresa.
Hoje o terreno está em obras pela empresa MB sendo ali construído o Show de Morar Ceilândia. Blocos de apartamentos populares vendidos com financiamento da Caixa Econômica serão erguidos no local que ganhou mais um atrativo: O terminal de metrô da Ceilândia que fica a uma quadra de distância do empreendimento.
Segundo rumores, o Ceilândia teria pago dívidas com a venda e contaria com dinheiro em caixa para contratações de jogadores caros como Dimba e Alan Dellon. Até o momento não se sabe se o Ceilândia terá feito um bom negócio, já que após a venda o Gato ainda não tem CT nem sede social.
Leia amanhã: Quem é Arione de Paula, o dono da imobiliária que anunciou a venda da sede
isso chama-se dilapitar patrimônio, cuidado galera
O dinheiro da venda com certeza não irá para o time.
Temos que ficar ligados galera, chega de ladrões travestidos de dirigentes roubar o nosso time. Fora do Gama ladrões safados.
Sem dúvida o gama não tem como manter o que hoje é o clube do SESC. A venda da aréa é inevitável. O que nós gamenses precisamos e devemos fazer, é fiscalizar para que não aconteça, o mesmo que aconteceu no ceilândia. Na minha opinião, a primeira coisa a ser feita com o dinheiro, é comprar o Centro de Treinamento que o wagner marquez e o agricio braga dizem que é deles. Pelo menos teríamos onde treinar sem depender desses elementos, pois espero que essas pessoas desapareçam do gama para sempre. Como gamense, coloca a compra do CT como a primeira coisa a ser feita com o dinheiro da venda da sede.
Antonio