O volante Betson (foto) é uma das apostas para 2010. Foto: www.ceilandiaec.com.br

O Gama ostenta em sua galeria de troféus várias taças de conquistas passadas principalmente na década de 90 como as conquistas dos estaduais de 1990, 1994, 1995, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 e 2003 além do vice-campeonato da copa centro-oeste de 2001, terceira divisão de 2004 e do título da segunda divisão de 1998. Em todas estas conquistas, o Gama contou com uma base sólida principalmente na defesa.
Nos anos noventa, o time variava bastante do meio para a frente mas a defesa alviverde era conhecida de cor pela torcida: Na zaga, Gérson e Jairo eram inseparáveis; Na lateral direita o fiel Paulo Henrique enquanto na esquerda o polêmico Rochinha; Na cobertura da zaga o cão de guarda Deda.
No ano de 2004 tínhamos a zaga reserva com Nem e Emerson com Goeber fazendo a função de primeiro volante. Esses jogadores representavam a base do Gama em suas respectivas competições e foi graças à elas que o alviverde candango conseguiu tornar-se um time vitorioso.
Neste ano, o presidente Paulo Goyaz passou a seguinte missão para o Supervisor de futebol Flávio Raupp: remontar uma base que seja tão duradoura e qualificada quanto aquelas que conquistaram títulos com a camisa alviverde. O primeiro passo na busca dessa base foi a criação da equipe de aspirantes.
Quando o alviverde estava disputando as competições, a equipe de aspirantes sob o comando do técnico Gérson treinava e se esmerava na busca de atingir um lugar na equipe principal. Após os campeonatos, a saída encontrada para manter os atletas em atividade foi disputar a segunda divisão pelo Ceilandense.
Logo na primeira partida oficial, a decepção: o Ceilandense formado por aspirantes e atletas da equipe principal do Gama foi goleado pelo inexpressivo Santa Maria por 3x0 e ligou o sinal de alerta dos dirigentes tricolores. Esta aliás foi a única vitória do time grená até o momento na competição.
Depois com muito esforço o Ceilandense conseguiu um empate sem gols diante do Unaí. Mas as vitórias somente vieram após um "pacotão" de reforços oriundos do Brasília, recentemente eliminado da série D.
Passadas cinco rodadas na segundona, a intenção de formar a base do Gama utilizando o Ceilandense não atingiu os seus objetivos. Dos aspirantes alviverdes apenas o zagueiro Pedrão, o volante Betson, o lateral/meia Romário Tito, o meia Alex e o atacante Leandro Félix são titulares na equipe tricolor. Até apostas praticamente certeiras como o zagueiro André, o volante Ferrugem, o atacante Keké e o artilheiro dos juniores Paulo Renê não vingaram ainda no time do subúrbio, apesar de permanecerem como opções do técnico no banco de reservas. Outros como Rodolfo, Gleisson, Oliveira, Geraldo, Gustavo, Thiago Ferreira e Índio ficaram mais longe de conseguirem sequer uma vaga entre os suplentes.
Restando apenas quatro jogos (se o tricolor conseguir a classificação para a final), dificilmente dirigentes e técnico abrirão mão dos reforços colorados para fazer experiências, até porque vale o velho ditado que diz que "time que está ganhando não se mexe". Assim, resta à Flávio Raupp repensar a estratégia de apostar nos aspirantes para 2010 ou reforçar todo o elenco adiantando-se a reapresentação dos atletas.