No acanhado estádio do Cruzeiro o Ceilandense passou muitas dificuldades mas conseguiu arrancar um ponto do lanterna Cruzeiro neste sábado à tarde. O resultado foi de certo ponto até surpreendente já que o tricolor suburbano vinha de duas vitórias consecutivas e estava perdendo até os quarenta minutos do segundo tempo.
Destaque negativo para o campo do estádio Francisco Pires. Além de ter dimensões dignas de um campo de "society", o gramado estava cheio de depressões e falhas obrigando os jogadores a abusarem das jogadas aéreas.
O nervosismo também atrapalhou em muito o espetáculo. Principalmente do lado azul, já que com a derrota do Santa Maria nesta manhã, uma vitória daria sobrevida à equipe da casa já que luta desesperadamente contra o rebaixamento restando apenas uma rodada da fase de classificação.

DOMINA, DOMINA, MAS...
O primeiro tempo foi marcado pelo domínio do Ceilandense mesmo jogando fora de casa. O meio de campo do tricolor comandava o ritmo da partida enquanto o Cruzeiro reforçado pelo meia Magrão do Brasília apostava na marcação forte e nos contra-ataques. Mas apesar do domínio, o Ceilandense não conseguia furar a defesa adversária.
Assim as melhores oportunidades do jogo no primeiro tempo foram do Cruzeiro que abriu o placar no primeiro tempo em jogada de bola parada. Cruzamento de Magrão e o artilheiro Giovanni marcou de cabeça.1x0 Cruzeiro.
Com o gol marcado o Cruzeiro mudou a postura dentro de campo e passou a "enrolar" o jogo. O Celandense não teve forças para incomodar o adversário até o intervalo.

NERVOS À FLOR DA PELE
No segundo tempo, o técnico Gérson resolveu mudar a equipe colocando Keké no lugar de Edimar passando a atuar no 4-3-3. O Ceilandense foi para cima do Cruzeiro e perdeu boas chances de marcar principalmente com Edicarlos.
O Cruzeiro exagerou na raça e foi penalizado. Magrão deu uma entrada criminosa por trás em Romário Tito e foi acertadamente expulso pelo árbitro. Ao Cruzeiro com 10 em campo não restou outra coisa a fazer: marcar e esperar o tempo passar.
Com um jogador a mais, a pressão do Ceilandense aumentou e a equipe passou a cavar faltas próximas à área. Mas as cobranças não chegavam ao gol de Abraão.
O tempo foi passando e o técnico Gérson ainda tentou dar mais gás ao time promovendo as entradas de Vinícius e Kabrine nos lugares de Djalminha e Alex. Foi quando em um contra-ataque do Cruzeiro o zagueiro Pedrão deu uma cotovelada no atacante reserva e foi expulso deixando ambos os times com o mesmo número de atletas.
A expulsão animou os donos da casa que foram mais à frente, mas quem marcou foi o Ceilandense. Em jogada isolada pela esquerda, Kabrine cruzou e o baixinho Edicarlos no meio de dois zagueirões marcou de cabeça e empatou a partida. Já é o terceiro gol dele na competição e falta apenas um para igualar a marca dos artilheiros da competição Túlio Maravilha e Michel com 4 gols cada. 1x1.
Ao final da partida uma confusão generalizada aconteceu próximo aos vestiários com os jogadores de ambas as equipes se empurrando e gritando palavrões. Até um torcedor pulou o alambrado e foi tirar satisfações com jogadores.
Com o resultado o Ceilandense subiu para a terceira posição com oito pontos e enfrentará o quinto colocado CFZ no estádio Abadião sábado às 15:30. Um empate garante o tricolor na segunda fase. Já o Cruzeiro fará um jogo de vida ou morte com o Santa Maria. Terá que vencer a equipe grená por uma diferença de três gols fora de casa para poder se salvar da terceira divisão.

RESULTADOS
- Botafogo* 2x0 Santa Maria
- CFZ 1x3 Brazsat
- Cruzeiro 1x1 Ceilandense
*Classificado à segunda fase